quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Artigo para Revista ZN de Setembro

Quando pais viram filhos...


Namoro, casamento, gravidez, nascimento. Esse é o ciclo normal de desenvolvimento de uma vida. Nasce um bebê, lindo, forte, saudável e que necessita, nos primeiros meses de vida, de toda a assistência possível dos pais. Imagine um bebê sem nenhuma proteção ou amparo por somente um dia. Impossível não é mesmo? E o pequeno vai crescendo, sempre com o acompanhamento ininterrupto dos pais. Os pais vivem para proporcionar conforto e segurança ao filho pequenino. E ele vai crescendo. Passada a fase mais difícil da infância, o pequeno vai pela primeira vez para a escolinha. A mãe chorando na porta, ao entregá-lo para a professora e a criança chorando dentro da escola, por se sentir abandonada por aquela que esteve presente durante todos os minutos em sua existência até agora, para satisfazer todas as suas necessidades. E a criança começa a entender que não é o centro do universo. Ali existem outras crianças, que também têm necessidades e ela percebe que quando quer alguma coisa da professora, às vezes tem que esperar sua vez, e isso nunca aconteceu na sua casa... Lá era tudo na hora, tudo rápido e seus pais o serviam imediatamente. Mas com o passar dos dias, o trauma da entrada na escola vai se modificando, vai se transformando em prazer e até que chega o dia em que quer ir para a escola, pois é bom conviver com os amigos, fazer descobertas, brincar com gente de seu tamanho. A mãe quase fica com ciúme da escola. E o tempo continua passando. Agora seu filho vai à casa dos amigos para fazer trabalhos; às vezes só para brincar, se relacionar, descobrir que existe vida fora da família. E isso é bom, para perceber limites, conhecer novas famílias, aprender a “se virar”. Já na adolescência, aparecem as festas noturnas, quando os pais levam e vão buscar de madrugada. Alguns pais até vão conhecer o lugar antes de levar os filhos. Os filhos pedem que os pais os deixem meio longe da entrada, por vergonha que seus amigos os vejam descendo do carro da mamãe. Mas mesmo assim a mãe encosta o carro de longe e vai espiar onde está deixando seu filho e, principalmente, quem encontrará com ele. Terminado o ensino médio, o jovem ingressa na faculdade, consegue um trabalho e se acha independente. E o filho quer bater asas. Quer abandonar o ninho. Que morar sozinho. Os pais o incentivam, o ajudam financeiramente. O quarto fica vazio, a casa fica maior, o lugar parece que ficou sem vida. E os pais, como no início da união, voltam a ser apenas um casal. Não há mais de quem cuidar, ninguém para levar e trazer, não tem mais que acordar de manhã bem cedo para fazer café para aquele que foi voar sozinho. Próxima etapa, o casamento. O filho anuncia que vai se casar, vai constituir uma nova família, a árvore vai aumentar, os frutos vão crescer e se desenvolver. Novos filhos, agora netos, novas pessoas serão integradas a sua família. E os pais vão ficando mais velhos, mas o casal ainda tem um ao outro, um cuida do outro, supre as necessidades do outro, ainda se amam e se completam. Passeiam com menos frequência, se cansam com mais facilidade. Precisam de mais remédios, consultas, atenção. E a situação se inverte. Os pais são dependentes, já não dirigem seus carros, não escutam tão bem e seus reflexos estão diminuídos. Precisam de atenção e de amparo, proteção, vão virando crianças teimosas que insistem em sair na rua sozinhos correndo os perigos da vida moderna. Quedas são inevitáveis, perigosas. E os filhos passam a ser os cuidadores de seus pais. Têm suas vidas, mas também têm que resolver quase todos os problemas de seus pais. Têm que cuidar literalmente deles. Alguns conseguem colocar os pais idosos em casas especializadas que darão o suporte diário necessário para uma qualidade de vida necessária as suas necessidades. Mas outros não conseguem, pois isto tem um custo. E a situação se inverte. Alguns filhos conseguem cuidar de seus pais em suas próprias casas, outros os levam para morar consigo, mas em qualquer dos casos causará transtornos. Mas se voltarmos ao início da narrativa, quem se alegrou com o nascimento daquele bebê, quem cuidou dele em detrimento da própria vida, perdeu noites sem dormir, deixou viagens, deixou momentos de lazer, tudo pelo filho. E agora está na hora de retribuir tanto amor, tanta dedicação. Você, filho, está preparado para esta responsabilidade, para este compromisso consigo mesmo? Seus pais merecem sua consideração, pois têm muito valor. Seja um filho realmente presente, reconheça tudo o que seus pais fizeram por você e retribua em dobro, sem se lamentar, sem reclamar, pois quando eles não estiverem mais entre nós, deixarão saudades e que nessa hora você erga a cabeça, chore muito e diga para si mesmo: fiz tudo o que pNamoro, casamento, gravidez, nascimento. Esse é o ciclo normal de desenvolvimento de uma vida. Nasce um bebê, lindo, forte, saudável e que necessita, nos primeiros meses de vida, de toda a assistência possível dos pais. Imagine um bebê sem nenhuma proteção ou amparo por somente um dia. Impossível não é mesmo? E o pequeno vai crescendo, sempre com o acompanhamento ininterrupto dos pais. Os pais vivem para proporcionar conforto e segurança ao filho pequenino. E ele vai crescendo. Passada a fase mais difícil da infância, o pequeno vai pela primeira vez para a escolinha. A mãe chorando na porta, ao entregá-lo para a professora e a criança chorando dentro da escola, por se sentir abandonada por aquela que esteve presente durante todos os minutos em sua existência até agora, para satisfazer todas as suas necessidades. E a criança começa a entender que não é o centro do universo. Ali existem outras crianças, que também têm necessidades e ela percebe que quando quer alguma coisa da professora, às vezes tem que esperar sua vez, e isso nunca aconteceu na sua casa... Lá era tudo na hora, tudo rápido e seus pais o serviam imediatamente. Mas com o passar dos dias, o trauma da entrada na escola vai se modificando, vai se transformando em prazer e até que chega o dia em que quer ir para a escola, pois é bom conviver com os amigos, fazer descobertas, brincar com gente de seu tamanho. A mãe quase fica com ciúme da escola. E o tempo continua passando. Agora seu filho vai à casa dos amigos para fazer trabalhos; às vezes só para brincar, se relacionar, descobrir que existe vida fora da família. E isso é bom, para perceber limites, conhecer novas famílias, aprender a “se virar”. Já na adolescência, aparecem as festas noturnas, quando os pais levam e vão buscar de madrugada. Alguns pais até vão conhecer o lugar antes de levar os filhos. Os filhos pedem que os pais os deixem meio longe da entrada, por vergonha que seus amigos os vejam descendo do carro da mamãe. Mas mesmo assim a mãe encosta o carro de longe e vai espiar onde está deixando seu filho e, principalmente, quem encontrará com ele. Terminado o ensino médio, o jovem ingressa na faculdade, consegue um trabalho e se acha independente. E o filho quer bater asas. Quer abandonar o ninho. Que morar sozinho. Os pais o incentivam, o ajudam financeiramente. O quarto fica vazio, a casa fica maior, o lugar parece que ficou sem vida. E os pais, como no início da união, voltam a ser apenas um casal. Não há mais de quem cuidar, ninguém para levar e trazer, não tem mais que acordar de manhã bem cedo para fazer café para aquele que foi voar sozinho. Próxima etapa, o casamento. O filho anuncia que vai se casar, vai constituir uma nova família, a árvore vai aumentar, os frutos vão crescer e se desenvolver. Novos filhos, agora netos, novas pessoas serão integradas a sua família. E os pais vão ficando mais velhos, mas o casal ainda tem um ao outro, um cuida do outro, supre as necessidades do outro, ainda se amam e se completam. Passeiam com menos frequência, se cansam com mais facilidade. Precisam de mais remédios, consultas, atenção. E a situação se inverte. Os pais são dependentes, já não dirigem seus carros, não escutam tão bem e seus reflexos estão diminuídos. Precisam de atenção e de amparo, proteção, vão virando crianças teimosas que insistem em sair na rua sozinhos correndo os perigos da vida moderna. Quedas são inevitáveis, perigosas. E os filhos passam a ser os cuidadores de seus pais. Têm suas vidas, mas também têm que resolver quase todos os problemas de seus pais. Têm que cuidar literalmente deles. Alguns conseguem colocar os pais idosos em casas especializadas que darão o suporte diário necessário para uma qualidade de vida necessária as suas necessidades. Mas outros não conseguem, pois isto tem um custo. E a situação se inverte. Alguns filhos conseguem cuidar de seus pais em suas próprias casas, outros os levam para morar consigo, mas em qualquer dos casos causará transtornos. Mas se voltarmos ao início da narrativa, quem se alegrou com o nascimento daquele bebê, quem cuidou dele em detrimento da própria vida, perdeu noites sem dormir, deixou viagens, deixou momentos de lazer, tudo pelo filho. E agora está na hora de retribuir tanto amor, tanta dedicação. Você, filho, está preparado para esta responsabilidade, para este compromisso consigo mesmo? Seus pais merecem sua consideração, pois têm muito valor. Seja um filho realmente presente, reconheça tudo o que seus pais fizeram por você e retribua em dobro, sem se lamentar, sem reclamar, pois quando eles não estiverem mais entre nós, deixarão saudades e que nessa hora você erga a cabeça, chore muito e diga para si mesmo: fiz tudo o que pNamoro, casamento, gravidez, nascimento. Esse é o ciclo normal de desenvolvimento de uma vida. Nasce um bebê, lindo, forte, saudável e que necessita, nos primeiros meses de vida, de toda a assistência possível dos pais. Imagine um bebê sem nenhuma proteção ou amparo por somente um dia. Impossível não é mesmo? E o pequeno vai crescendo, sempre com o acompanhamento ininterrupto dos pais. Os pais vivem para proporcionar conforto e segurança ao filho pequenino. E ele vai crescendo. Passada a fase mais difícil da infância, o pequeno vai pela primeira vez para a escolinha. A mãe chorando na porta, ao entregá-lo para a professora e a criança chorando dentro da escola, por se sentir abandonada por aquela que esteve presente durante todos os minutos em sua existência até agora, para satisfazer todas as suas necessidades. E a criança começa a entender que não é o centro do universo. Ali existem outras crianças, que também têm necessidades e ela percebe que quando quer alguma coisa da professora, às vezes tem que esperar sua vez, e isso nunca aconteceu na sua casa... Lá era tudo na hora, tudo rápido e seus pais o serviam imediatamente. Mas com o passar dos dias, o trauma da entrada na escola vai se modificando, vai se transformando em prazer e até que chega o dia em que quer ir para a escola, pois é bom conviver com os amigos, fazer descobertas, brincar com gente de seu tamanho. A mãe quase fica com ciúme da escola. E o tempo continua passando. Agora seu filho vai à casa dos amigos para fazer trabalhos; às vezes só para brincar, se relacionar, descobrir que existe vida fora da família. E isso é bom, para perceber limites, conhecer novas famílias, aprender a “se virar”. Já na adolescência, aparecem as festas noturnas, quando os pais levam e vão buscar de madrugada. Alguns pais até vão conhecer o lugar antes de levar os filhos. Os filhos pedem que os pais os deixem meio longe da entrada, por vergonha que seus amigos os vejam descendo do carro da mamãe. Mas mesmo assim a mãe encosta o carro de longe e vai espiar onde está deixando seu filho e, principalmente, quem encontrará com ele. Terminado o ensino médio, o jovem ingressa na faculdade, consegue um trabalho e se acha independente. E o filho quer bater asas. Quer abandonar o ninho. Que morar sozinho. Os pais o incentivam, o ajudam financeiramente. O quarto fica vazio, a casa fica maior, o lugar parece que ficou sem vida. E os pais, como no início da união, voltam a ser apenas um casal. Não há mais de quem cuidar, ninguém para levar e trazer, não tem mais que acordar de manhã bem cedo para fazer café para aquele que foi voar sozinho. Próxima etapa, o casamento. O filho anuncia que vai se casar, vai constituir uma nova família, a árvore vai aumentar, os frutos vão crescer e se desenvolver. Novos filhos, agora netos, novas pessoas serão integradas a sua família. E os pais vão ficando mais velhos, mas o casal ainda tem um ao outro, um cuida do outro, supre as necessidades do outro, ainda se amam e se completam. Passeiam com menos frequência, se cansam com mais facilidade. Precisam de mais remédios, consultas, atenção. E a situação se inverte. Os pais são dependentes, já não dirigem seus carros, não escutam tão bem e seus reflexos estão diminuídos. Precisam de atenção e de amparo, proteção, vão virando crianças teimosas que insistem em sair na rua sozinhos correndo os perigos da vida moderna. Quedas são inevitáveis, perigosas. E os filhos passam a ser os cuidadores de seus pais. Têm suas vidas, mas também têm que resolver quase todos os problemas de seus pais. Têm que cuidar literalmente deles. Alguns conseguem colocar os pais idosos em casas especializadas que darão o suporte diário necessário para uma qualidade de vida necessária as suas necessidades. Mas outros não conseguem, pois isto tem um custo. E a situação se inverte. Alguns filhos conseguem cuidar de seus pais em suas próprias casas, outros os levam para morar consigo, mas em qualquer dos casos causará transtornos. Mas se voltarmos ao início da narrativa, quem se alegrou com o nascimento daquele bebê, quem cuidou dele em detrimento da própria vida, perdeu noites sem dormir, deixou viagens, deixou momentos de lazer, tudo pelo filho. E agora está na hora de retribuir tanto amor, tanta dedicação. Você, filho, está preparado para esta responsabilidade, para este compromisso consigo mesmo? Seus pais merecem sua consideração, pois têm muito valor. Seja um filho realmente presente, reconheça tudo o que seus pais fizeram por você e retribua em dobro, sem se lamentar, sem reclamar, pois quando eles não estiverem mais entre nós, deixarão saudades e que nessa hora você erga a cabeça, chore muito e diga para si mesmo: fiz tudo o que o Namoro, casamento, gravidez, nascimento. Esse é o ciclo normal de desenvolvimento de uma vida. Nasce um bebê, lindo, forte, saudável e que necessita, nos primeiros meses de vida, de toda a assistência possível dos pais. Imagine um bebê sem nenhuma proteção ou amparo por somente um dia. Impossível não é mesmo? E o pequeno vai crescendo, sempre com o acompanhamento ininterrupto dos pais. Os pais vivem para proporcionar conforto e segurança ao filho pequenino. E ele vai crescendo. Passada a fase mais difícil da infância, o pequeno vai pela primeira vez para a escolinha. A mãe chorando na porta, ao entregá-lo para a professora e a criança chorando dentro da escola, por se sentir abandonada por aquela que esteve presente durante todos os minutos em sua existência até agora, para satisfazer todas as suas necessidades. E a criança começa a entender que não é o centro do universo. Ali existem outras crianças, que também têm necessidades e ela percebe que quando quer alguma coisa da professora, às vezes tem que esperar sua vez, e isso nunca aconteceu na sua casa... Lá era tudo na hora, tudo rápido e seus pais o serviam imediatamente. Mas com o passar dos dias, o trauma da entrada na escola vai se modificando, vai se transformando em prazer e até que chega o dia em que quer ir para a escola, pois é bom conviver com os amigos, fazer descobertas, brincar com gente de seu tamanho. A mãe quase fica com ciúme da escola. E o tempo continua passando. Agora seu filho vai à casa dos amigos para fazer trabalhos; às vezes só para brincar, se relacionar, descobrir que existe vida fora da família. E isso é bom, para perceber limites, conhecer novas famílias, aprender a “se virar”. Já na adolescência, aparecem as festas noturnas, quando os pais levam e vão buscar de madrugada. Alguns pais até vão conhecer o lugar antes de levar os filhos. Os filhos pedem que os pais os deixem meio longe da entrada, por vergonha que seus amigos os vejam descendo do carro da mamãe. Mas mesmo assim a mãe encosta o carro de longe e vai espiar onde está deixando seu filho e, principalmente, quem encontrará com ele. Terminado o ensino médio, o jovem ingressa na faculdade, consegue um trabalho e se acha independente. E o filho quer bater asas. Quer abandonar o ninho. Que morar sozinho. Os pais o incentivam, o ajudam financeiramente. O quarto fica vazio, a casa fica maior, o lugar parece que ficou sem vida. E os pais, como no início da união, voltam a ser apenas um casal. Não há mais de quem cuidar, ninguém para levar e trazer, não tem mais que acordar de manhã bem cedo para fazer café para aquele que foi voar sozinho. Próxima etapa, o casamento. O filho anuncia que vai se casar, vai constituir uma nova família, a árvore vai aumentar, os frutos vão crescer e se desenvolver. Novos filhos, agora netos, novas pessoas serão integradas a sua família. E os pais vão ficando mais velhos, mas o casal ainda tem um ao outro, um cuida do outro, supre as necessidades do outro, ainda se amam e se completam. Passeiam com menos frequência, se cansam com mais facilidade. Precisam de mais remédios, consultas, atenção. E a situação se inverte. Os pais são dependentes, já não dirigem seus carros, não escutam tão bem e seus reflexos estão diminuídos. Precisam de atenção e de amparo, proteção, vão virando crianças teimosas que insistem em sair na rua sozinhos correndo os perigos da vida moderna. Quedas são inevitáveis, perigosas. E os filhos passam a ser os cuidadores de seus pais. Têm suas vidas, mas também têm que resolver quase todos os problemas de seus pais. Têm que cuidar literalmente deles. Alguns conseguem colocar os pais idosos em casas especializadas que darão o suporte diário necessário para uma qualidade de vida necessária as suas necessidades. Mas outros não conseguem, pois isto tem um custo. E a situação se inverte. Alguns filhos conseguem cuidar de seus pais em suas próprias casas, outros os levam para morar consigo, mas em qualquer dos casos causará transtornos. Mas se voltarmos ao início da narrativa, quem se alegrou com o nascimento daquele bebê, quem cuidou dele em detrimento da própria vida, perdeu noites sem dormir, deixou viagens, deixou momentos de lazer, tudo pelo filho. E agora está na hora de retribuir tanto amor, tanta dedicação. Você, filho, está preparado para esta responsabilidade, para este compromisso consigo mesmo? Seus pais merecem sua consideração, pois têm muito valor. Seja um filho realmente presente, reconheça tudo o que seus pais fizeram por você e retribua em dobro, sem se lamentar, sem reclamar, pois quando eles não estiverem mais entre nós, deixarão saudades e que nessa hora você erga a cabeça, chore muito e diga para si mesmo: fiz tudo o que pude e o
que devia ser feito por meus pais.•

Walnei Arenque - Psicóloga / Coach



terça-feira, 18 de agosto de 2015

Artigo para Revista ZN - Agosto

Humanos. Será que somos mesmo humanos?


Humanidade, seres humanos, humanismo. Como será que nós temos a coragem de nos denominar seres humanos? Estamos muito longe de alcançar a verdadeira essência de humanidade. Ser humano é ter humanidade, despojar-se de interesses, fazer algo e não esperar nada em troca. É difícil conseguir e quase ninguém consegue tamanha elevação espiritual. Todos nós sempre procuramos no outro um polo de atração, seja a beleza, o dinheiro, a bondade, a influência, a posição social. A maioria de nós se aproxima de outra pessoa pensando mais no que pode receber do que oferecer. Mas, quem ama e auxilia um desconhecido, despojado de qualquer atração? Quem ajuda o outro que não possui qualquer polo de atração? Aquele que não tem nada a oferecer? Um completo desconhecido? Ninguém tem tanta capacidade humana assim. Claro que um parente, um amigo de muitos anos, você realmente ajuda sem querer nada em troca, mas faria isso por um desconhecido? A dedicação a outro ser humano despojado de qualquer coisa é privilégio de poucos. Amar quem não é amável, dar carinho a quem não oferece carinho é muito difícil. Humanos se amam, mas se matam, se aproximam, mas também se esparramam. Vendem, pedem, compram e roubam uns dos outros. Querem sempre alguma vantagem. Os humanos falam muito de amor, mas não são capazes de amar, de demonstrar seu amor. Os humanos buscam a paz por meio das guerras... Existem os políticos que se proclamam defensores dos pobres, servem-se deles para se eleger, para se promover, e os abandonam depois de darem longas explicações desleais. Esses são humanos? E nós que os elegemos e depois tentamos destituí -los, somos humanos? Existem filhos que se afastam de seus pais, irmãos que se afastam de irmãos e nunca conseguem encontrar em outro ser humano um amor tão fraternal, este sim despojado de qualquer contrapartida. Os anos passam e quando percebem já perderam muito tempo que poderia ter sido compartilhado com alegria. E você, que se considera um ser humano, pense bem nas suas atitudes, no seu comportamento perante seus semelhantes. O criador te deu a vida e isso é o seu bem maior. Seja então uma pessoa que propaga o bem, sem querer nada em troca, sem esperar receber. Sua recompensa virá certamente, de alguma forma, sem que você espere. Então, somos realmente seres humanos? •

Walnei Arenque - Psicóloga/Coach
 walneiarenque@gmail.com 011- 2950.5655


Confira a Revista completa!

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Nossas inquietudes 
Por – Walnei Arenque 


A vida, ás vezes, nos parece muito complicada, cheia de dissabores. Na maioria das vezes estamos sempre reclamando disto ou daquilo. 
As nossas insatisfações quando não estão na ordem de um acontecimento objetivo, como por exemplo, meu emprego esta muito desgastante ou mesmo não me dou bem com meu vizinho, as nossas insatisfações podem estar na ordem do subjetivo, como por exemplo, estou com alguma insatisfação porem não sei em que. 
Eu chamo isso de “mal estar”, “inquietude”, etc. Cada um pode dar o nome que lhe vier à cabeça. O mais importante é saber que não se trata de um problema vivido, mas sim de um “problema sentido”. 
Aí é que fica difícil, né? 
Muitas vezes estamos mal, inquietos e, quando vamos comentar com alguém, ouvimos sempre a mesma resposta: - Mas esta tudo bem com sua vida, você tem “tudo”, eu não sei como pode estar se sentindo mal. 
Podemos pensar no que seria este “tudo”, parece que ter um pouco de estabilidade econômica, não ter nenhum falecimento na família, não ter problemas familiares, ter um tanto de estudo e, outras tantas coisas, nos levam imediatamente a estarmos bem, satisfeitos. Mera ilusão! 
Podemos ter “tudo”, e estarmos inquietos ou com aquele
 “mal estar”, porque não? 
Somos Humanos e temos nossos conflitos internos, às vezes conscientes outras vezes inconscientes o que poderá nos levar ao “mal estar”. 
Estamos sempre tentando fugir á nossa condição de Seres Humanos, são os Seres Humanos, que eu saiba, é que vivem conflitos, independente de ter “tudo” ou não, o que diferencia um Ser Humano do outro é a intensidade com que se vive o conflito, o mal estar. 
Caso você esteja num momento de “mal estar” e, sente necessidade de saber o que esta acontecendo, de verdade, melhor que encher os ouvidos de seus amigos com suas inquietudes, faze-los de psicanalistas, nada melhor do que procurar ajuda de um profissional para ajudá-lo a esclarecer o que esta acontecendo. 
É mais simples do que ficar remoendo seus pensamentos e inquietudes sozinha. 
Ninguém poderá viver nossas inquietudes, mas um bom profissional poderá compartilhar seguramente e verdadeiramente. 

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Pensando em decepção


Pensando em decepção, vamos pensar primeiro porque nos decepcionamos? Acredito que a decepção vem por conta de algumas formações em nossas cabeças, do que pensamos ser ideais de comportamento. Algo mais ou menos assim: como nos comportaríamos ou achamos que nos comportaríamos em uma determinada situação. Outra forma de pensar é que muitas vezes idealizamos o outro também por conta de nossos olhos, isto é, inferimos, pois vemos o que gostamos de ver ou vemos o superficial. 
O ideal de comportamento muitas vezes se mistura com idealização. 

Quantos filhos, não julgam seus pais? Mas será que se esses filhos estivessem naquela determinada situação, naquele exato tempo e com os pensamentos da época, não agiriam igual ou ainda pior? É fácil ficar no julgamento do que é certo e do que é errado, difícil é se colocar no lugar das outras pessoas a quem julgamos e dizemos nos decepcionar. 

Continuando a falar em pais, qual pai ou mãe que fez algo ou tomou alguma atitude não pensando ser o melhor possível pelos filhos? Os pais sempre pensam e querem o melhor para seus filhos. Sempre. Muitas vezes podem errar, como nós mesmos erramos e vamos errar. Porque não podemos olhar com olhos menos rancorosos e perversos? 

Muitas vezes ouço: minha mãe fez tal coisa e tal coisa, ela não pensou em mim, e eu me questiono: Como uma mãe não pensa em seu filho? Pensa, só que da maneira dela, não da nossa maneira. Quantas vezes não desvalorizamos para nos valorizar? Qual pai não faria tudo pelo seu filho? Faz, mas com a sua visão particular, e não as nossas. 

Acreditamos que só nossas opiniões e sentimentos são verdades, e esquecemos que cada um de nós tem a sua vivência e cada um com seu filtro. O respeito pela opinião, o entendimento da opinião do outro nos faz com que tenhamos menos decepções. 

Às vezes, nós é que nos causamos decepções por exigir que o outro seja como nós (supostamente os detentores da verdade). 
Nossas mães, por serem mães têm algo a mais.... São mães... Eternas... Quantas vezes as julgamos? Quantas vezes não as entendemos? Quantas vezes as desprezamos em cima de nosso pretensioso julgamento? 

Renato Russo fez uma das mais belas citações: “Você diz que seus pais não te entendem, mas você não entende seus pais.

quarta-feira, 22 de abril de 2015


A “normalidade” da infidelidade


Tem-se a crença de que a infidelidade nos relacionamentos amorosos, na maioria das vezes, é masculina, porém nunca foi monopólio masculino. Existem sim, homens e mulheres que têm extrema dificuldade de estabelecer e manter um vínculo amoroso, de compromisso mais sólido, profundo e com fidelidade.
Quem se coloca na condição de infiel no relacionamento, eventualmente, está buscando preencher a de si mesmo(a). Procura um complemento da vida, alguém que possa compartilhar seus anseios, fantasiosos ou não. Estando esta pessoa continuamente nesta situação, de infiel, nunca acha o que procura, e torna-se eternamente insatisfeito(a). Os adeptos acham normal a infidelidade, faz parte do seu conceito de vida: “estou casado(a), comprometido(a), mas não estou morto(a)”. Falam do assunto de forma amena e trivial.

Cria-se aí a fantasia de que nada melhor que uma relação nova, ”onde tudo são flores”, sempre em busca da satisfação imediata dos desejos. Corromper o pacto de compromisso/fidelidade com o companheiro/a fica muito fácil e tranquilo, mesmo sendo às custas de machucar outras pessoas.
A infidelidade é vista, para muitas mulheres, de maneira na qual o envolvimento afetivo é que fala mais alto quando esta vai ao encontro de um relacionamento extraconjugal. Normalmente, o sexo ou a busca de um parceiro que possua um excelente desempenho sexual, não é bem o que interessa. Ou, não é só isto que basta. É preciso muito mais adjetivos. O gozo é uma vivência particular, que tem uma expressão subjetiva e profunda, diferentemente da objetividade do gozo masculino, ligado à ejaculação. A mulher, como está na maioria das vezes em contato com seus sentimentos e emoções, quando se apaixona por outro pode chegar a destruir relações ou magoar pessoas queridas e valiosas. Como justificativas de seus atos elas falam de falta de amor, falta de atenção, insatisfação, ‘ele não liga mais para mim’ e etc., etc., etc., tudo nesta linha de solicitação ou de insatisfação.

Já para muitos homens, a infidelidade é vista de forma diferente daquela vista pela mulher. O prazer ou gozo masculino está ligado à ejaculação, de uma forma concreta e explícita, de viver a sexualidade, sendo, mais ou menos, semelhante para todos os homens, de forma geral. A vivência de infidelidade, para ele, parece ser menos significativa emocionalmente, ou seja, tem menos importância do que para as mulheres. Muitos homens, quando possuem casamentos estáveis ou quando, por algum outro motivo, lhes convêm mantê-lo, mesmo se apaixonando por outra, tendem a querer manter o casamento e... a outra.
Os homens, na sua maioria, justificam, além dos mesmos motivos que as mulheres, outros como: natureza masculina, instinto, “aconteceu”, oportunidade, atração, desejo, vontade, tesão, “não resisti”. E por aí vai...

Hoje em dia, com a sexualidade explícita ganhando prestígio e um espaço cada vez maior na mídia, temos um contato diário com imagens que penetram na nossa vida e mente como se fosse algo natural. A excessiva cultura do corpo e sua maior exposição acentuam a filosofia de que “vale tudo” ou “tudo posso”. Tudo é permitido, até porque, “o que vale é o momento”, levando a uma banalização e vulgarização dos relacionamentos. Hoje temos uma modalidade de infidelidade que é chamada de “infidelidade virtual”, procedimento que tem levado a muitas brigas e rompimentos. A parafernália eletrônica tem facilitado muito a vida dos infiéis, são Facebook, e-mails, sms, sites de relacionamentos, de sexo, etc... que estão ali de fácil acesso, hoje com a tecnologia avançada tem-se até o WhatsApp ou Viber (são rápidos e gratuitos). O infiel justifica sempre suas horas intermináveis no computador e, claro, seu apego ao celular. Mente para si e para o companheiro/a de maneira deslavada!

É bom lembrar que o problema não está, na maioria das vezes, no(a) parceiro(a). A questão, geralmente, envolve uma baixa autoestima e uma boa dose de narcisismo da pessoa que está sempre na situação de infiel.
Para pessoas que se encontram nesta situação seria conveniente, humano e justo com seus companheiros(as), se pudessem saber o que estão buscando, o que querem compensar, preencher, enfim, qual sua dificuldade.
Será que não está na hora de sermos mais sinceros, transparentes e menos egoístas?

terça-feira, 7 de abril de 2015

Solidão: fenômeno social?


A solidão é um estado interno, a princípio um sentimento de que algo ou alguém está faltando. Seria um mal contemporâneo? Um fenômeno social?  Não sei... Apenas sei que sentir solidão muitas vezes é muito doído...

Aqui pensando, uma coisa é você estar acompanhada e sentir solidão, outra que pode ocorrer é você realmente estar só, não ter ninguém a sua volta.

Vamos por partes...

Você esta sem nenhuma companhia, amigo, parente, enfim, ninguém a seu lado e por tal diz que sente a tal solidão. O que está acontecendo então? Você afasta as pessoas ou elas se afastam de você? Que tal pensar um pouco sobre isso?
Se por acaso você se afasta das pessoas, deve ter aí uma situação em que você está procurando a solidão; então se não é o caso, que tal se você não ficar esperando por aquele convite especial para sair? Chame alguns amigos e faça dessa pequena reunião um grande acontecimento: um bom bate-papo produz efeitos milagrosos, confira. E, muitas vezes, descobrimos um lado especial nas pessoas com as quais esbarramos todos os dias. Crie um novo espaço em sua vida, no meio de toda essa correria. Promova uma sessão de cinema, sessão de bate papo, enfim.  Caso não tenha ninguém para chamar, comece a fazer um curso, procure um hobby, vá em busca de pessoas que tenham as mesmas afinidades que você, certamente arrumará alguns amigos.

Agora se as pessoas se afastam, talvez você possa estar muito exigente, chegando a ser tão crítica com o outro, que passa a ficar sozinha mesmo. Sugiro lembrar que todos temos nossos incômodos, irritações e, ficar um pouco menos crítica, mais relaxada com as posturas do outro, aceitá-las como elas são e levá-las de forma mais serena, tranquila, será melhor para suas companhias, as pessoas vão adorar estar com você. Claro, não se esqueça de aceitá-las como são.

Ainda assim, não deixe de ter a sua própria companhia, dê atenção, escute, e acolha aquilo que você é e revela. Seja a sua melhor amiga. A partir de então, você perceberá que a solidão deixará de existir facilmente.

Caso você tenha companhia e, mesmo assim, sente solidão, está na hora de rever que tipo de relação você esta mantendo. Exatamente para que serve esta relação. A princípio, que tal você se abrir nesta relação e falar dessa sensação que te acomete? Nada como “conversas e mais conversas”. Não é para discutir a relação e sim para, nesse momento, falar de você, como se sente, como vive, o que precisa. O outro não tem que adivinhar, não é? Aproveite e ouça também!

Deixe todas as desculpas de lado, e encare a vida sem tanto melindre. Confie mais em você e assuma, de verdade, uma coisa qualquer que gostaria muito de fazer, uma situação que você passa que não lhe é agradável e resolva, assuma o mais rápido possível. Ainda hoje! Facilite!